“É no campo da vida que se esconde um tesouro.

Vale mais que o ouro, mais que a prata que brilha.

É presente de Deus, é o céu já aqui, o amor mora ali e se chama família.”

terça-feira, 16 de abril de 2013

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Filhos... A minha dedicação, minha oração, a minha gratidão...

A grande maioria aqui sabe que estou esperando bebê.
Estou de 29 semanas e 4 dias.
Reta final! Rsrsrs...


Na empresa onde trabalho, estou participando do curso de gestantes.
Hoje foi a palestra com o obstetra Maurício Grillo e eu lógico, não deixei passar a oportunidade de perguntar assuntos relacionados a parto nomal. Sempre que posso, procuro ouvir opiniões de outros médicos até para saber melhor a respeito do assunto e tentar entender o que houve no dia que a Camilinha nasceu.
Claro que tudo vai continuar a mesma coisa e a opinião de cada um é diferente.
Mas eu gosto de participar desse tipo de palestras e tentar afastar os fantasmas que as vezes querem aparecer nos pensamentos.
Não vou expor ou explicar mais uma vez o meu medo do parto normal pois sei que muitos que me lêem tem já a opinião formada sobre o assunto e quem sou eu para tentar mudar a opinião de alguém, não é mesmo? Temos que respeitar a opinião de cada um e é justamente isso que ento fazer.
Hoje, para mim restou o trauma e não faço parto normal nem a pau!
Até rimou!

:)

E por falar em parto, hoje também foi dia de mais uma ecografia e vai tudo bem com a Monique, graças a Deus!
36 centímetros e pesando 1.434 kg.

Levei meu filho junto para ver a maninha na TV como ele diz e ele presenciou a irmãzinha segurando o pézinho. Não sei quem estava mais bobo: ele ou meu esposo!
Ela está sentadinha ainda... mas mesmo que encaixe, vamos para a cesárea, provavelmente na semana do dia 20 de junho.

Camilinha passou muito bem o dia. Cheguei do trabalho e ela no maior sono.
Ai ai esses nossos filhos...
E por falar em filhos, deixei um texto bem realista aqui no blog para compartilhar com vcs!


Filhos:

Eles são o nó no meu cabelo. O esmalte descascado na minha unha, as olheiras no meu rosto.
Eles são o brinquedo na gaveta de roupas, o amassado nas páginas do meu livro, o rasgado no meu caderno de anotações.
Eles são o melado no controle remoto, o canal de televisão, o filme no DVD.
Eles são o farelo no sofá, as tesouras no alto.
Eles são o backup no computador, o mouse escondido, as cadeiras longe da janela.
Eles são a marca de mão nos móveis, o embaçado nos vidros, o desfiado nos tecidos.
Eles são o ventilador desligado, a porta do banheiro fechada, a gaveta da cômoda aberta.
Eles são o coque na minha cabeça, o amarrotado nas roupas, as frutas fora da fruteira, os panos de prato amarrando os armários.
Eles são o meu shampoo cheio de água, a espuma no chão do banheiro, o brinquedo dentro da privada.
Eles são o interruptor nas tomadas. Eles são o peixe no aquário, a árvore de natal,
os "pisca-pisca" de todas as casas.
Eles são o círculo, o susto....
A primeira visão da lua no começo da noite....
O valor do trabalho, a vontade de aprender, a minha força, a minha fraqueza, a minha riqueza.
Eles são o aperto no meu peito diante de uma escada, a ausência de sono diante de uma febre.
Eles são o meu impulso, o meu reflexo, a minha velocidade.
O cheirinho no meu travesseiro, o barulho, a metade, o azul.
Eles são o vazio triste no silêncio de dormir, o meu sono leve durante a noite.
Eles são o meu ouvido aguçado enquanto durmo. A minha pressa de levantar da cama, a minha espera de bom dia.
Eles são o arrepio quando me chama, a paz quando me abraça, a emoção quando me olha.
Eles são meu cuidado, a minha fé, o meu interesse pela vida, a minha admiração pelas crianças, o meu respeito pelas pessoas, o meu amor por Deus.
Eles são meu ontem, o meu hoje, o meu amanhã.
Eles são a vontade, a inspiração, a poesia. A lição, o dever.
Eles são a presença, a surpresa, a esperança.
A minha dedicação. A minha oração. A minha gratidão. O meu amor mais puro e bonito. A minha vida!








sábado, 13 de abril de 2013

2
Depois de exatos 50 dias sem poder sair da cama, heis que conseguimos colocar a Camila na cadeira de rodas pela primeira vez.
Desconsiderem a carinha fechada... isso é o que menos importou, afinal, ainda deveria sentir um pouco de dor/desconforto e fora que já havia se desacostumado a ver o mundo na vertical.
Camila passou por mais um procedimento cirúrgico no dia 21 de fevereiro, onde dessa vez retirou a cabeça femoral.
Pensem numa boneca de pano. Suas pernas agora são "molengas" como as dessa mesma boneca por não ter mais o encaixe do fêmur com a bacia. Explicando assim de uma forma muito grotesca para os que não estão acostumados com o termos mais técnicos.
Uma vez ouvi de uma pessoa tão insignificante a tal pergunta: porque sua filha tem que passar por tanta coisa? Tantas cirurgias se nunca vai andar, falar e esses procedimentos não servem para nada?
Bom... para começar, isso não é problema algum para esse "ser". Quem cuida da Camila sou eu e meus esposo e quem deve tomar as decisões sobre ela somos nós, certo?
Foi uma cirurgia digamos que sofrida. Talvez até mais do que a Artrodese de Coluna que ela se submeteu ano passado, mas com toda a certeza do mundo digo que o resultado foi excelente e que minha conciência está tranquila mais uma vez por ter entregue minha filha nas mãos de profissionais que sempre nos orientam quanto a mais qualidade de vida à ela.


Não gosto que pensem que sou uma pessoa infeliz por ter uma filha especial.
Tenho meus momentos de perguntas sem respostas, tenho sim, não vou negar.
Onde as vezes choro e ninguém nem fica sabendo.
Mas como ser humano evoluí e cresci muito depois de anos de lutas com ela.
Não sou mais a mesma de 11 anos atrás.
Não me rotulem!
Não marquem uma mãe especial onde só ela sabe o quanto não é fácil cuidar de uma criança com tantas limitações, mas vejam a nós, essas mães, que somos guerreiras e só lutamos pelo que é melhor (e direito) de nossos filhos.

E ontem, pela primeira vez, pudemos ver ela sentade de uma forma mais correta.
E sendo minha companheira na cozinha, na hora de preparar o jantar...

#Feliz