Ficar três dias sem passar por aqui, quando se está acostumada a escrever praticamente todo dia, é muito tempo, concordam?
Desde que voltamos pra casa, tenho tentado colocar algumas coisas em ordem, tanto em casa, quanto compromissos na rua (banco, por exemplo) e também a parte psicológica, pricipalmente porque ontem foi meu retorno ao trabalho e confesso que me acostumei em casa e com aquela correria do hospital.
Tanta coisa pra pensar, tanta coisa pra organizar, tanta coisa para estudar...
Meu Deus! As vezes até eu mesma me pergunto COMO se consegue fazer tanta coisa num único dia...
Ontem conversei com uma mãe que conheci sábado no HPP , um pouquinho antes da Cacá ter alta.
Ela perdeu a filha dela no domingo.
Está sendo difícil pra ela pois estava em fase de adaptação aqui em Curitiba. Veio de uma outra cidade aqui do Paraná para se adaptar coma filha, Isadora, 8 anos, portadora de Paralisia Cerebral também, mas infelizmente não teve tempo para estar com a filha nessa nova fase, nessa nova cidade.
O que dizer para uma mãe que perde um filho?
Não sei... não sei.
Só sei que é uma nova amiga e temos que dar força e oferecer amizade.
Hoje Camila teve retorno com o Dr. Luis Eduardo, mas infelismente não pudemos vê-lo.
Ele estava em procedimento cirurgico e apenas a sua enfermeira foi quem viu a Camila.
Desde ontem, tenho percebido que ela está com uma respiração difícil e com muita secreção. Aproveitei que estava no HPP e fui até a emergência com ela. Passou por consulta e entrou novamnete com antibiótico.
Klaricid UD e também Aerolin nebules.
Ai Jesus... antibiótico é sinônimos de diarréia... sem comentários!
Bom... deixei para o final da postagem, algo um pouco triste e doído (pelo menos pra mim) que me aconteceu hoje. De madrugada, para ser mais exata.
As 04:00 da manhã, fui surpreendida com uma dor terrível na região da pelve (popularmente chamada de bacia). Era uma dor tão forte, mas que não consigo descrever onde exatamente doia: abdomen, bexiga, reto... sei lá! Era por alí, "naqueles lados". Gente do Céu!!!! É sério... doeu pra C#%&@*!...
Mudei de lado, mudei de volta, virei pro outro, fiquei de bruços e NADA fazia a tal dor passar. Resolvi levantar e ir até o meu banheiro que fica mais ou menos uns dois metros de onde fica minha cama. Entrei no banheiro e continuei passando mal até que derepente, só me lembro de ouvir um piiiiiiiii lá no fundo, cada vez mais longe e tudo apagou.
Acordei não sei quanto tempo depois, deitada no chão do banheiro, toda molhada, pois caí exatamente onde fica o chuveiro e o piso ainda estava molhado do último banho e com meu marido aos prantos me chamando e me perguntando o que houve, pois estava com a cara ensanguentada.
A dor ainda não tinha ido embora e o desespero bateu porque eu não sabia o que tinha, mas também não poderíamos sair aquela hora da madrugada pois as crianças estavam dormindo e não tinhamos com quem deixá-los.
Resultado: tomei só um Buscopan e esperei a dor passar e só hoje de manhã procurei um hospital.
Fiz alguns exames e engana-se quem pensou "Aposto que está grávida"!!!
Deu NEGATIVO!!!
Sinceramente, antes fosse... pelo menos seria uma dor por um ótimo motivo, mas não é...
E a dúvida está aqui, me encomodando desde as 04:00 da manhã sobre o que pode ter acontecido.
O médico que me atendeu me solicitou alguns exames que ainda não ficaram prontos.
Enquanto aguardo, me resta olhar no espelho e quase chorar com o baita galo na testa.
Daí olho um pouco mais abaixo, na boca, e ela machucada. Mal da pra rir hj!
Comer então, foi uma tortura!
E o medo de perder algum dentes?
Tem uns três que estão doloridos só de encostar...
Dar com a cara num chão duro, é algo que quero esquecer o quanto antes.
Hoje, peço orações pra mim!!!
Que os exames não apontem nada de mais...
Pensei até em ser estresse, principalemnte pelos últimos 40 dias que não foram nada fáceis...
Que Papai do Céu me restabeleça logo, pois estou muito cismada...
Daí me lembrei do incidente do Serra em 2010...
Ao sair do evento, ele, que estava atrasado para um compromisso com
alianças políticas, em Belo Horizonte, bateu a testa na porta do
elevador. O candidato saiu com um pouco de gelo protegendo a ferida
avermelhada e brincou: “Já pensou se eu chego a Minas com um galo?”
"Mazomenos" assim que estou hj, mas não poderia perder a piada...