Definição
O termo escoliose tem origem na
língua grega e significa sinuoso. Em medicina trata-se de deformidade da coluna
vertebral, em forma de “S” quando se olha o paciente de costas. Entretanto
existem outros desvios da coluna que podem estar associados: rotação vertebral,
o aumento da curvatura dorsal acima da cintura chamado cifose, o aumento da
curvatura lombar abaixo da cintura chamado lordose. A escoliose é sempre
patológica, Já, a cifose e a lordose são curvaturas fisiológicas, até determinados
graus (Fig. 1).
Figura 1 – Figura esquemática de uma escoliose
Classificação
A escoliose é uma deformidade que pode ser causada por inúmeras doenças e que analisada quanto à sua flexibilidade se divide em: não-estruturais ou corrigíveis com a eliminação da causa, e estruturais ou permanentes. As não-estruturais são causadas por problemas posturais, psicológicos, irritação de raiz nervosa (ciática, tumores, apendicite, etc.), discrepâncias no comprimento dos membros inferiores, contraturas musculares e cicatrizes. As escolioses estruturais são causadas por doenças que atingem a coluna e as estruturas ligadas a ela, produzindo deformidades fixas classificadas em 14 grandes grupos de doenças. Para facilitar, digamos que quatro grupos podem enquadrá-las: idiopáticas, neuromusculares, congênitas e outras causas menos freqüentes. É importante o conhecimento de alguns termos: curva principal: é aquela que apresenta maior angulação e menor grau de correção quando inclinamos o paciente, curva compensatória: se desenvolve para equilibrar o tronco descompensado pela curva principal, gibosidade costal: é a proeminência dos arcos costais do lado Escolioses convexo da curva, causada pela rotação vertebral (Fig. 2).
A escoliose é uma deformidade que pode ser causada por inúmeras doenças e que analisada quanto à sua flexibilidade se divide em: não-estruturais ou corrigíveis com a eliminação da causa, e estruturais ou permanentes. As não-estruturais são causadas por problemas posturais, psicológicos, irritação de raiz nervosa (ciática, tumores, apendicite, etc.), discrepâncias no comprimento dos membros inferiores, contraturas musculares e cicatrizes. As escolioses estruturais são causadas por doenças que atingem a coluna e as estruturas ligadas a ela, produzindo deformidades fixas classificadas em 14 grandes grupos de doenças. Para facilitar, digamos que quatro grupos podem enquadrá-las: idiopáticas, neuromusculares, congênitas e outras causas menos freqüentes. É importante o conhecimento de alguns termos: curva principal: é aquela que apresenta maior angulação e menor grau de correção quando inclinamos o paciente, curva compensatória: se desenvolve para equilibrar o tronco descompensado pela curva principal, gibosidade costal: é a proeminência dos arcos costais do lado Escolioses convexo da curva, causada pela rotação vertebral (Fig. 2).
Figura 2 – Escolioses, principais formas de deformidade
Avaliação clínica
A avaliação clínica é fundamental
para o esclarecimento da etiologia e a escolha do tratamento adequado. A
história do paciente deve também esclarecer o tempo de aparecimento da deformidade,
sua evolução, se está associada com dor, grau de maturidade do paciente
(menarca, caracteres sexuais secundários, etc), todos estes ajudam a determinar
o prognóstico. Detectar familiares com a doença e alterações neurológicas
também são de extrema importância. O exame físico deve ser feito
preferencialmente com o paciente despido, onde procuraremos alterações da pele
e seus anexos, contraturas musculares, assimetrias de mamas, ombros ou pelve,
protrusão da escápula ou das costelas. O teste de Adams, descrito a seguir, tem
muita importância no rastreamento da escoliose, podendo inclusive ser realizado
por leigos: o paciente em pé, com os pés juntos, flexiona o tronco com os
joelhos em extensão, braços pendentes e as palmas das mãos entre os joelhos, posição
em que devem aparecer as alterações da coluna vertebral. Avaliação radiográfica
Baseia-se em radiografias da coluna inteira com o paciente em pé, usando-se incidências
de frente e de perfil. Para determinar a flexibilidade da curva podem ser solicitadas
incidências especiais. Nas incidências com inclinação, deve-se dar atenção
especial à transiçãolombossacra, pois sabe-se da elevada associação com malformações
desta região como espondilólise e espondilolistese. A radiografia da pelve
serve para o estudo da maturidade esquelética, tendo em vista a ossificação da crista
ilíaca, graduada pelo índice de Risser. O ângulo de Cobb é usado para medir a magnitude
da curva, usando-se como parâmetro as vértebras das extremidades da curva a ser
estudada (Fig. 3).
Figura 3 – Radiografia de uma escoliose
Escoliose idiopática
As
escolioses idiopáticas ou de origem não bem definida, estão ligadas a fatores genéticos,
a mãe pode transmitir a deformidade tanto para as filhas como para os filhos,
mas o pai transmite somente para as filhas. Com os métodos atuais de diagnóstico,
muitos pacientes classificados como portadores de escoliose idiopática na
realidade apresentavam doenças do sistema nervoso, como siringomielia, tumores
medulares e outras. Em pacientes jovens, com progressão rápida da deformidade,
é muito importante um exame neurológico minucioso e uma Ressonância Magnética.
As curvas escolióticas podem apresentar variações quanto à idade em que acomete
o paciente, quanto ao nível e intensidade. Quando ocorre entre 0 e 3 anos de
idade chamamos de idiopática infantil; entre 3 e 10 anos é chamada juvenil e
acima dos 10 anos chama-se idiopática do adolescente (Fig. 4).
Figura 4 – Escoliose e gibosidade (Deformação das costelas)
Escoliose idiopática infantil
É subdividida em 2 subgrupos:
1. Progressivas
2. Regressivas (60 a 70%)
1. Progressivas
2. Regressivas (60 a 70%)
As curvas progressivas geralmente têm evolução
rápida, chegando a mais de 100° ao redorde 10 anos.
Geralmente são detectadas com 2 a 3 meses de idade, acometem mais os meninos e 90% tem curvatura para a esquerda. O prognóstico é estabelecido pelo ângulo de Mehta, onde ele compara o ângulo entre as costelas e o corpo vertebral na vértebra apical (a com maior rotação da curva). Constatando-se mais que 20° de diferença, é sugestivo de pertencer ao grupo das escolioses progressivas. Quanto ao tratamento, curvas sutis devem ser acompanhadas com radiografias de controle a cada 4 meses, e em geral se corrigem no primeiro ano de vida. Se houver tendência à progressão ou uma curva maior que 30° até o 2º ano de vida, usamos o gesso corretivo de Risser, passando após para o colete de Milwaukee por 23 hs/dia, até que se atinja valores menores que 20°. Em curvas graves (maiores que 60°), indicamos tratamento cirúrgico com artrodese (fusão) vertebral (Fig. 5).
Geralmente são detectadas com 2 a 3 meses de idade, acometem mais os meninos e 90% tem curvatura para a esquerda. O prognóstico é estabelecido pelo ângulo de Mehta, onde ele compara o ângulo entre as costelas e o corpo vertebral na vértebra apical (a com maior rotação da curva). Constatando-se mais que 20° de diferença, é sugestivo de pertencer ao grupo das escolioses progressivas. Quanto ao tratamento, curvas sutis devem ser acompanhadas com radiografias de controle a cada 4 meses, e em geral se corrigem no primeiro ano de vida. Se houver tendência à progressão ou uma curva maior que 30° até o 2º ano de vida, usamos o gesso corretivo de Risser, passando após para o colete de Milwaukee por 23 hs/dia, até que se atinja valores menores que 20°. Em curvas graves (maiores que 60°), indicamos tratamento cirúrgico com artrodese (fusão) vertebral (Fig. 5).
Figura 5 – Escoliose idiopática infantil
Escoliose idiopática juvenil
Em
geral, seu prognóstico é pior do que a infantil, existindo freqüentemente um caráter
familiar e comumente a curva torácica é à direita
Para curvas com mais de 25° ou em progressão usa-se colete, e se maiores que 50°, indica- e tratamento cirúrgico. Escoliose idiopática do adolescente É a mais freqüente de todas as escolioses. Cinco por cento da população apresentam curvas de 10° ou mais. Na maioria dos casos não são progressivas e são à direita, e mais comum em mulheres. A queixa de dor tem incidência semelhante à população em geral. A função pulmonar é mais comprometida quando há perda da cifose torácica (diminui o diâmetro do tórax) ou em curvas maiores que 60°. A mortalidade só está aumentada em pacientes com curvas acima de 100°, devido a problemas cardíacos (cor pulmonale). Curvas graves, pouca idade, sexo feminino, são fatores de mau prognóstico em relação à progressão da escoliose. Temos como metas do tratamento: 1. Impedir a progressão; 2. Manter função respiratória; 3. reduzir a dor e manter condições neurológicas; 4. Estética. Escolioses Em curvas com menos de 25°, em pacientes em fase de crescimento, indicamos apenas observação e controle radiológico. Curvas de 25 a 40° em pacientes com esqueleto imaturo usa-se colete até o final do crescimento. Já curvas com mais de 40° em pacientes em fase de crescimento, mais de 50° em adultos, ou curvas em progressão, tornam importante a indicação de tratamento cirúrgico com instrumental (hastes, ganchos, etc) para correção da deformidade mais artrodese (fusão) vertebral. Escoliose congênita Provem de uma malformação da coluna vertebral que se origina na fase fetal cuja evolução depende do tipo de anomalia. Os pacientes (50 a 75%) com essa doença sofrem progressão, podendo estar associadas à anomalias geniturinárias, cardíacas, disrafismos espinhais, etc. Podemos classificar as escolioses congênitas em três tipos:
Para curvas com mais de 25° ou em progressão usa-se colete, e se maiores que 50°, indica- e tratamento cirúrgico. Escoliose idiopática do adolescente É a mais freqüente de todas as escolioses. Cinco por cento da população apresentam curvas de 10° ou mais. Na maioria dos casos não são progressivas e são à direita, e mais comum em mulheres. A queixa de dor tem incidência semelhante à população em geral. A função pulmonar é mais comprometida quando há perda da cifose torácica (diminui o diâmetro do tórax) ou em curvas maiores que 60°. A mortalidade só está aumentada em pacientes com curvas acima de 100°, devido a problemas cardíacos (cor pulmonale). Curvas graves, pouca idade, sexo feminino, são fatores de mau prognóstico em relação à progressão da escoliose. Temos como metas do tratamento: 1. Impedir a progressão; 2. Manter função respiratória; 3. reduzir a dor e manter condições neurológicas; 4. Estética. Escolioses Em curvas com menos de 25°, em pacientes em fase de crescimento, indicamos apenas observação e controle radiológico. Curvas de 25 a 40° em pacientes com esqueleto imaturo usa-se colete até o final do crescimento. Já curvas com mais de 40° em pacientes em fase de crescimento, mais de 50° em adultos, ou curvas em progressão, tornam importante a indicação de tratamento cirúrgico com instrumental (hastes, ganchos, etc) para correção da deformidade mais artrodese (fusão) vertebral. Escoliose congênita Provem de uma malformação da coluna vertebral que se origina na fase fetal cuja evolução depende do tipo de anomalia. Os pacientes (50 a 75%) com essa doença sofrem progressão, podendo estar associadas à anomalias geniturinárias, cardíacas, disrafismos espinhais, etc. Podemos classificar as escolioses congênitas em três tipos:
1. Defeito de segmentação:
Durante a formação do feto ocorrem falhas na divisão da coluna, exemplo a barra
óssea (Im 42 – Fig. 6).
Figura 6 – Defeito de segmentação
2. Defeito de formação: Esse defeito ocorre na fase de formação da coluna em que
um ou mais corpos vertebrais ficam incompletos (Fig. 7).
Figura 7 – Defeito de formação
3. Misto. Quando existem defeitos
de formação e segmentação da coluna. Nas deformidades mais graves, o
diagnóstico é feito ao nascimento, ou pode passar despercebido, sendo um achado
ocasional na radiografia de pacientes com deformidades compensadas. O exame
físico e neurológico detalhado deve ser feito, visto o grande número de anomalias
associadas. Em relação ao tratamento, o uso de colete não está indicado a não
ser em curvas secundárias que são flexíveis. Curvas pequenas devem ser acompanhadas,
com reavaliação a cada 6 meses. Se constatarmos progressão documentada ou deformidade
importante, indica-se artrodese “in situ”, ou seja, sem correção ou instrumentação,
devido a grande chance de complicações neurológicas destes procedimentos na
escoliose congênita. Cirurgias via posterior ou via anterior e posterior são indicações
que vão depender do tipo e da magnitude da curva. A ressecção da hemivértebra também
pode ser realizada, se em vértebras lombares, sendo contra-indicada em
vértebras torácicas e toracolombares pelo alto risco de lesões neurológicas
(Fig. 8).
Figura 8 – Escoliose congênita
Escolioses neuromusculares
Ocorrem devido a problemas como
paralisia cerebral, mielomeningocele, paralisia por traumatismo, poliomielite,
atrofia muscular espinhal, distrofias musculares, neurofibromatoses e outras
(Fig. 9); (Fig. 10).
Figura 9 – Neurofibromatose
Figura 10 – Mielomeningocele
Estas deformidades apresentam
comumente curvas longas, com exceção da neurofibromatose, podendo se estender
desde a coluna cervical até o sacro. Não apresentam curvas compensatórias e
geralmente são acompanhadas de outros problemas tais como disfunções
respiratórias, contraturas do quadril, deformidades dos membros inferiores, alterações
na marcha. Ao exame é importante estar ciente que a função pulmonar pode estar prejudicada
mesmo em curvas de poucos graus, devido à paralisia intercostal. Como tratamento
usamos contenção com colete em curvas menores que 50° até a
adolescência em geral as órteses são menos efetivas. Nos pacientes com curvas maiores deve ser feita a fusão vertebral. Quando a curva se estende até o sacro, o mesmo deve ser incluído na artrodese (fusão com enxertos ósseos) visando equilibrar a coluna sobre a pelve (Fig. 11); (Fig. 12).
adolescência em geral as órteses são menos efetivas. Nos pacientes com curvas maiores deve ser feita a fusão vertebral. Quando a curva se estende até o sacro, o mesmo deve ser incluído na artrodese (fusão com enxertos ósseos) visando equilibrar a coluna sobre a pelve (Fig. 11); (Fig. 12).
Figura 11 – Coletes para correção de escolioses
Figura 12 – Pré e pós-operatório de uma escoliose corrigida
Fonte: Escolioses http://www.institutocoluna.com.br/6escolioses.htm
OI Valeria estou passando pra conhecer seu blog e já estou por aqui.
ResponderExcluirE me deparei com vc postando um assunto que tem me tirado o sono a escoliose.
Minha filha tem uma grande operação pra fazer e estamos morrendo de medo.
Passa lá no meu blog pra conhecer minha princesinha.
E de um bj por mim na Camilinha.
http://umanjochamadopamela.blogspot.com.br/
Oi Vivi. Seja super bem vinda!!!!
ExcluirCamilinha fez a Artrodese dia 11 de julho.
Amanhã faz um mês!!!
Leia minhas últimas postagens para ver como foram esses dias.
Pode deixar que vou conferir seu blog sim!
Um bj
Oi Valeria, mas será que a cirurgia é a mesma, pelo que li no seu blog a escoliose delas são diferentes.
ResponderExcluirA cirurgia da Pam vão ter que serrar e cortar a parte torta, esse corte será de mais ou menos 4 vertebras, e depois ela fará um implante de um osso na parte que foi retirada e depois fecharam também com pele transplantada por que e pele dela já esta bem debilitada por causa das escaras.
Olha meu email é vivianerapaela@hotmail.com
eu te adicionei no face também.
Será que vc pode me deixar mais a par de como foi todo o processo da cirurgia da Camilinha.
E outra coisa eu li que vc conhece uma mãe que teve um filhinho que fez essa cirurgia e foi a óbito né?
Quanta pergunta né" Desculpa mas é que estamos desesperados...
E muito obrigada do fundo do meu coração por vc até nos acolher em sua casa.
Vc é uma pessoa muito especial mesmo, que Deus continu iluminando.
Bjs