“É no campo da vida que se esconde um tesouro.

Vale mais que o ouro, mais que a prata que brilha.

É presente de Deus, é o céu já aqui, o amor mora ali e se chama família.”

terça-feira, 18 de setembro de 2012

14

Quando a Camila veio ao mundo...

Alguns dias já que não dou notícias sobre a cheirosa da filhota.
Graças a Deus ela está super bem!
Super bem de saúde, super se recuperando de tudo que passou, super bem assistida, super bem cuidada...
Estou preparando com muito amor um post bem especial...
|Ainda vou escrever essa semana.

Dia desses, me pediram para escrever sobre o seu nascimento.



Apesar de já ter descrito num único parágrafo na apresentação do blog, achei que fosse interessante realmente a ideia,  pois infelizmente, a cada dia nascem crianças portadoras de Paralisia Cerebral e realmente é bom poder compartilhar tudo o que vivemos no início.
Digo infelizmente pelo fato de ser uma criança que pelo resto da sua vida será dependente de terceiros, do sofrimento dos procedimentos cirúrgicos que certamente vai ter que passar durante a sua vida, das famílias que vão de alguma forma se desestruturar, nem que seja no começo, na fase de adaptação. Isso falando de pacientes graves, como a minha filha, ok?

No último internamento da Camila, conheci uma moça que hoje até é leitora aqui do blog (ela vai saber que estou falando dela) e que havia acabado de se separar pois o pai não aceitava a condição de ter um filho portador de uma deficiência física.
A conheci numa fase bem difícil pra ela, que por sinal também já passei como vocês já sabem, que é a de enfrentar o começo de tudo sozinha.
E no período que estávamos no hospital, fizemos uma amizade linda e que mesmo estando morando longe uma da outra, pudemos manter esse laço.
E a pedido dela, vou compartilhar aqui como foi o início de tudo.

No ano de 2001, estive grávida da minha primeira filha.
Nossa... quando soube que era uma menina, meu Deus, como fiquei feliz!
Fazia planos e mais planos com ela e para ela.
Ficava imaginando como seria a sua aparência e me recordo que imaginava e sonhava com seus cabelos cacheado.
Durante toda a gestação eu trabalhei.
Engordei 10 quilos apenas e me senti super bem nessa fase.
Tirando os enjoos e mal estar do começo da gestação, não houve nada de anormal.
Fui beneficiária de plano de saúde e fiz todo meu pré-natal da forma correta. Tive a Camila em maternidade particular com obstetra conveniada ao meu plano, juntamente com o hospital.

Me submeti há 5 (cinco) ecografias:  a primeira realizou-se em 23 de maio de 2001, ocasião em que se concluiu tratar-se de uma “gestação tópica compatível com 11 semanas e 1 dia (+/- 0,5 semana), pelo CCN (...)”; já a segunda ecografia ocorreu em 25 de junho, quando a gravidez já contava com 15 (quinze) semanas e 3 (três) dias; a terceira realizou-se em 26 de julho, quando a gravidez contava com 19 (dezenove) semanas e 6 (seis) dias; a quarta realizou-se em 30 de agosto, quando a gravidez seguia já com 25 semanas e a quinta ecografia e última antes do parto, propriamente dito, solicitada pela Dra.”Tal” (não quero mencionar o nome dela aqui) , realizou-se em 31 de outubro de 2001, quando a gestação contava com 33 semanas e 2 dias, ocasião em que foi estimada a data provável do parto para o dia 14 de dezembro de 2001.
Uma coisa que sempre me incomodou foi o fato da obstetra ter solicitado o último ultrassom quando eu estava de 33 semanas.
Ela me disse que esse seria o último, pelo fato do plano não liberar mais que 5 exames.
E me faz pensar o porque ela fez isso...ou o porque ela não solicitou que eu fizesse um exame particular então?
Perdi muitas e muitas noites de sono pensando nisso... Se caso tivéssemos feito um exame tão mais perto do parto, se as coisas hoje não seriam diferentes? Não sei...
Lembro-me que ela havia percebido neste exame que a Camila estava sentada.
Se estava nessa posição, porque então fez o parto normal?
Dúvida essa que infelizmente não tenho resposta e que mesmo que tivesse, o tempo não volta atrás.

Um dia antes do meu parto, 11 de dezembro de 2001, tive consulta com a obstetra.
Lembro que era a tarde e estava um dia radiante, com muito sol!
Cheguei em seu consultório muito bem disposta e sem nenhuma queixa. De nada mesmo!

Como disse, era dia 11 de dezembro.
A data prevista para o parto era dia 18 de dezembro, mas pasmem: ela me solicitou que retornasse ao hospital dia 26!
Tenho tudo o que é material que se trate da minha gestação ou da minha filha e quando estou mexendo em meus documentos, não gosto nem de olhar para aquela carteirinha de gestante onde está essa data, dia 26/12/2001.

Até cheguei a pensar: essa médica me mandou voltar depois do natal?
Eu heim... está muito estranho tudo isso...

Ela simplesmente havia ignorando o exame ecográfico de 31 de outubro de 2001 onde  indicava para o dia 14 de dezembro a data estimada do nascimento, quando devia ter solicitado uma última ecografia a fim de checar se o parto, de fato, era eminente e quais as condições da criança, naquele momento.

Mas Camila queria passar o natal fora da barriga da mamãe... e era o que eu gostaria também.
De fato ela passou, mas não em casa conosco.

Saindo do consultório, fui para casa.
A tarde tomei sorvete pois fazia um calor infernal e fui descansar.

As 04:00 da manhã, do dia seguinte, 12 de dezembro de 2001, acordei com uma dor estranha.
Parecia uma pequeno cólica intestinal. Virei de uma lado na cama, depois para o outro e nada de achar uma posição confortável e que fizesse o encômodo passar.
Até que percebi que ficar deitada não adiantaria nada.
Levantei e fui para o banheiro.
Tudo certo por lá, voltei a deitar... quinze minutos depois, voltei ao banheiro e assim e repetiu mais umas 3 vezes eu acho.

As 07:00, percebi que havia perdido o tampão mucoso, de aspecto gelatinoso, que protege a entrada do útero, aí sim percebi que  indicava o fim da gravidez.
Fui para o hospital e lá fui atendida pela médica plantonista que, averiguando que as primeiras contrações maternas, sentidas desde o final da madrugada daquele dia, já se encontravam em grau 3 de dilatação, concluiu que a Camilinha, certamente, estava por nascer.
A referida médica sugeriu que eu voltasse para minha casa e retornasse ao hospital quando as contrações fossem mais longas e duradouras, já que, se fosse internada, permaneceria sozinha na enfermaria.
Mãe de primeira viagem, fiz o que ela me orientou.

As 13:00 as dores eram INSUPORTÁVEIS!!!
Juro... achei que fosse morrer de tanta dor!
Era uma dor, sei como é, me recordo muito bem, mas não consigo aqui descrever.
Só quem é mãe mesmo para saber do que estou falando e mãe de parto normal.

A plantonista se certificou que eu estava com grau 8 e recordo-me muito bem dela dizendo que em no máximo 1 hora eu teria minha bebê.
Por um instante eu fiquei feliz, pois a dor insuportável acabaria logo. E hoje confesso, que era o que eu mais queria... que aquela dor insuportável acabasse de uma vez.
No entanto, deu uma hora, duas, três e nada da dor passar e nem da Camila nascer.
A obstetra que fiz o pré natal foi avisada que dei entrada no internamento logo que entrei para a sala de pré parto, porém, apareceu no hospital somente perto das 18:00.
Camila não havia nascido ainda quando ela chegou.
Ela assumiu a posição de médica dessa hora e fui encaminhada para o centro cirúrgico.
Mas tudo já indicava que a situação não estava boa.
Sabe aquelas cenas de filmes ou novelas onde a parteira “sobe” encima da mãe para ajudar o bebê a sair?
Eu vivi isso!
Era um desespero tão grande dentro daquele centro cirúrgico que levei dias para crer que resisti a tudo aquilo.
Uma enfermeira montava encima de mim para ajudar a pressionar e expulsar o bebê.
As 20:10 minutos, do dia 12/12/2001, Camila nasceu, de parto normal e muito mal.
Recordo-me de terem apenas saído correndo da sala e terem me deixado ali, sozinha. Sem exageros... fiquei sozinha no centro cirúrgico e não tenho noção de quanto tempo permaneci ali, mas eu estava consciente, apesar de estar muito mal também.
Ouvi lá no fundo a minha obstetra dizendo que não se conformava de perder as duas e que pelo menos uma ela teria que salvar.
Depois de um longo tempo, outra correria.
Mas me lembro de alguém entrar com a Camila no colo e vindo em minha direção.
Muito cansada e fraca, tentei esticar os braços para pegá-la mas não me deixaram.
Ela estava roxa e parecia muito sufocada.
Hoje eu entendo melhor o que houve com ela... teve uma asfixia grave.
Mais uma vez, a terceira na verdade, vi a equipe médica saindo correndo com ela e pasmem... me deixaram ali sem me dar nenhuma satisfação do que estava acontecendo.
Tempos depois a obstetra voltou, terminou os curativos e me direcionaram para um corredor e ali permaneci  até que chegou a mim um médico (que novamente não vou falar o nome mas que não esqueço seu rosto jamais) e ele se apresentou como diretor técnico do Hospital e Maternidade X.
Disse que a Camila estava mal, que tive um parto complicado e que teria que ser transferida para uma UTI Neo e que eles estavam entrando em contato com hospitais para transferí-la pois a tal maternidade não tinha UTI..
Perguntei o que havia acontecido e ele se limitou a dizer que ela havia engolido um pouquinho de água.

Naquela época eu não tinha o conhecimento que tenho hoje e fora que eu estava muito mal por ter tido um parto super complicado, então não estava conseguindo assimilar muito bem todas as informaçãoes que ele me passou.
Eu ouvi isso sim, com toda a certeza do mundo, mas o que eu não conseguia assimilar nem entender o que tinha de tão grave em engolir um pouquinho de água e ter que ir parar numa UTI, assim como ele me falou.

Permaneci neste hospital e Camila foi para uma UTI em Curitiba.
A vi novamente somente 5 dias depois.
Todos mentiam para mim dizendo que ela estava melhor, principalmente a médica que fez meu parto, dizendo que ela estava só cansadinha e que foi para a UTI se recuperar.

Me lembro da primeira vez que a vi, alí dentro da incubadora, com aparelhos, entubada... Meu Deus! Foi a pior sensação que tive na minha vida.
Ela não se mexia, não tinha reação, parecia nem haver vida...
Me deixaram colocar a mão dentro da incubadora e achei que desmaiaria na hora que senti aquela pele tão macia, de um bebê recém nascido.
Achei que, mais uma vez, assim como na ficção, ela fosse abrir os olhos quando toquei nela, mas não...

Foram os 30 minutos de visita mais rápidos da minha vida e os mais sofridos, porque agora eu sabia como era o rostinho da minha filha.
E tive que ir embora com a maior e primeira dor que uma mãe poderia sentir... sim, agora eu era mãe.

Lembro que vi uma sondinha no seu nariz e por ela tinha uma espécie de líquido preto!
Perguntei ao médico da UTI o que era aquilo e ele me respondeu, mecônio.
Ta... o que é mecônio Dr?
Nem isso eu sabia aquela época...
Ele me pediu para sentar e me explicou tudo o que houve com a Camila. Tudo!
Os riscos, as sequelas, as consequências, a forma que ela chegou da maternidade e o APGAR.
Mais uma vez... O que é isso Dr.? APGAR?
E ele me explicou também...
Camila teve APGAR 2 e 4.
Nasceu muito, mas muito mal...

E se passaram dias, semanas e enfim chegou o natal e nada dela ir pra casa de alta.
Ano Novo, será?
Não...

Lembro que passei a virada do ano de joelhos no meu quarto chorando enquanto ouvia fogos e gritos de bem vindo 2001!
Até hoje não gosto de virada do ano... me marcou muito.


Tempos depois, tomei conhecimento que no momento da transferência da maternidade para a UTI, o lixo do carro do hospital que alguns ousavam chamar de ambulância, parrou por diversas vezes no meio do caminho.
Inclusive a bateria do carro teve que ser trocado pois não tinha como prosseguir.
O pai da Camila teve que ajudar a empurrar a ambulância, é mole?
E minha filha amada ali dentro lutando para sobreviver.

Como a maternidade não dispunha de UTI Neo, Camila ficou no oxigênio improvisado até conseguirem vaga em alguma UTI.
Ela deu entrada no hospital a 00:00.

Nos pediram R$ 5.000,00 para que ela pudesse dar entrada na UTI.
Hoje paro e penso: a criança não pode ficar até 30 dias sendo atendida pela carteirinha do convênio da mãe?
Qual a criança que nasce e já tem ali, de cara uma carteirinha no seu nome para o plano de saúde?

Hoje em dia R$5.000,00 ainda é um valor alto.
Mas pensem há 10 anos atrás!!!
Era um horror de absurdo!!!
Conseguimos esse dinheiro para que a Camila pudesse ser atendida no hospital.

Fazia tempo que não parava para lembrar de todos estes detalhes e confesso que é mexer na ferida mais uma vez, porém tem muita gente começando a caminhada de ser pais de filhos especiais agora e sinto que posso ajudar um tiquinho que seja contando o que vivemos.

Após esse período no hospital, fazendo vários exames, os médicos decidiram dar alta a ela e me encaminhar a todos os especialistas possíveis.
E foram claros comigo: não sabemos se ela será surda, cega, muda, se vai ou não andar...
Saí arrasada do hospital mas sabia que não poderia ter o luxo de esmorecer.
Emagreci e voltei ao meu peso em questão de dias.
Meu leite secou, lógico, e nem amamentar minha filha eu pude.
Tentei colocar a cabeça no lugar e raciocinar como seria dali pra frente.

Os primeiros dias em casa não foram nada fáceis.
Na verdade, os primeiros meses.
Na verdade mesmo, os primeiros anos!
Até os 4 anos de idade, até acertar os médicos, medicamentos, tudo foi muito difícil.

Mas isso eu vou contando aos poucos aqui no blog.
Acho que já foram emoções demais pra mim por hoje...


14 comentários:

  1. passei por aqui pra ler suas postagem e mais uma vez me emocionei !
    Valeria mãe guerreira !

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    1. É amiga... hoje também me emocionei lembrando de tudo.
      Passam os anos mas a gente não esquece de nenhum detalhe.

      Obrigada pelo carinho

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    2. " VCS SAO GUERREIRAS E A CAMILA É UMA CRIANÇA DE MUITA SORTE POR TER VC COMO MAE , ME EMOCIONEI AO LER TD O QUE ACONTECEU COM VC E O NASCIMENTO DA CAMILA . PASSAM OS ANOS E NUNCA A GENTE ESQUECE , MAIS GRACAS A DEUS PAPAIZINHO DO CEU DA FORCA PARA LUTAR E PROSSEGUIR. SEMPRE MAIS FORTE E VENCEDORA BJUS

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  2. Difícil ler tudo isso e não me emocionar...
    Vocês são duas guerreiras!!
    Amo vocês

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    1. Também amo você Ju!!!!
      Pena não poder estar mais perto de você o quanto gostaria.
      Sinto saudades das nossas conversas...
      Bj

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  3. Querida amiga, que emocionante seu blog hoje, li, confesso que chorei, parece que vivi tudo com vc lendo palavra por palavra, qto sofrimento.....mas Val, nunca saberemos como poderia ter sido se.....se não fosse o se....o dúvida cruel...um dia se Deus quiser saberemos os porques das coisas, que acontecem na nossa vida.Mas Val, nada acontece por acaso em nossa vida, tudo tem a mão de DEUS. E se Ele te escolheu para ser mãe de uma filha especial, é porque vc também é especial para Ele, acredite, DEUS não nos dá uma cruz que não possamos carregar, acredite você veio ao mundo com esta missão de ser mãe de uma filha especial, mas tbm teve o Manu, normal, cheio de vida e energia, que benção, e através da sua missão hj vc está ajudando e confortando mts outras mães, que estão passando pela situação que vc passou, e pense talvez mts pessoas não tivessem cruzado a tua vida, eu mesma, talvez se nós não tivessemos ficado no hospital juntas, talvez nunca teríamos se conhecido, DEUS escreve certo por linhas tortas....GRAÇAS A DEUS só assim conheci vc e tua linda família, amizade que levarei pra sempre em meu coração. VAL garanto que vc hj é mto feliz comma vida que tu tens, afinal vc pode viver o verdadeiro amor incondicional,amor puro, verdadeiro, sem apegos materiais, cada gesto, cada cirurgia que a CA fez até hj, cada conquista, é uma vitória, afinal vcs são umas guerreiras, lutadoras, exemplos de superação para tds nós. Continue sempre com esta força e coragem, que DEUS CONTINUE iluminando a vida de tds voces, que vcs sejam mts felizes, que todos os teus sonhos se realizem, pois vcs merecem. TE AMO MTO BJS LENICE E DUZIKA

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  4. Às vezes, o relato serve para abrirmos os olhos. Saber se o hospital mantém uma UTI Neo, entre outras coisas que não imaginamos, (ou temos a certeza que não precisaremos).
    tenho um conhecido que perdeu esposa após o parto.
    Ele não acompanhou o parto, como era o segundo casamento, não tinha visto o nascimento do primeiro filho, então, não queria assistir, para não ter remorso do primeiro filho.
    Ele foi pra casa, viu o bebê através do vidro, disseram que estava tudo bem com a mãe também, mas não poderia vê-la, pois estaria em procedimentos de curativos, etc. Era madrugada. Pediram para voltarem no dia seguinte para vê-los, pois iriam descansar do parto.
    Assim, ele fez, foi embora super feliz, e quando chegou em casa, o telefone tocou às 5 da manhã pedindo para ele ir ao hospital.
    chegando lá, a mãe já estava inconciente na UTI, em cirurgia para retirarem o ultero, disseram que era a única forma de parar a hemorragia.
    Mas já era tarde para isso, faltou oxigênio no célebro, e após dois dias em coma, veio à falecer.
    Mas meu amigo se lembra que assim que chegou ao hospital, exigiu que fosse no quarto que ela estava, e chegando lá, encontrou uma senhora da limpeza terminando de LAVAR o quarto, e ela disse que tinha tanto sangue que o chão estava com uma possa enorme.
    Mas com tudo isso, pediu para o bebê ficar uma semana no hospital, para ele raciocinar tudo o que viveu.
    E depois, assumiu o bebê, mas não altorizou que ficasse com a família da mãe. Até ficou, a sogra foi morar na casa dele, pois ele queria que o filho fosse criado no ambiente que era da mãe.
    Claro que homens tem a proeza de entrarem em outro relacionamento logo... depois de um ano, se casou, a namorada assumiu a posição de cuidar do bebê tb, mas o relacionamento acabou depois de 4 anos.
    E hoje, moram os dois sozinhos, o bebê está um meninão lindo, com 11 anos, uma graça. Ele até teve outras namoradas, mas o grande amor da vida dele, é a mãe de seu filho. E ele hoje, tem plena conciência que o filho é total responsabilidade dele, e ele não mede esforços para vê-lo feliz. E ele sempre soube dessa história.
    PS: O Processo que ele movia contra o hospital e o médico, ainda move, ás duras penas. No hospital, ele perdeu, pois cometeu um erro de continuar usando o convênio, e ele teve um problema de pedra nos rins e usou o mesmo hospital para realizar o procedimento (era o único possível) então, o hospital alegou que como ele recriminou o hospital se continuou usando de seu benefício?
    O médico, alega que após o parto a responsabilidade é do hospital, não dele.
    E assim, caminha a humanidade, à passos lentos ...
    Espero que esse relato também sirva de conhecimentos, pois para que possam ajudar outras pessoas. A mãe também tem que ser assistida, não pode simplismente ser esquecida num canto...
    Ah, e a campainha do quarto não estava funcionando, e como o hospital estava numa semana vazia, o leito ao lado estava vago.

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  5. Desculpe os erros de português, mas é a pressa. Se a mãe clamou por ajuda, ninguém nunca vai saber... o hospital sempre tem a sua versão pronta não é? A única certeza que eles deram, é que quando foram socorrê-la, já estava inconciênte.
    E pasmem, a primeira pessoa a perceber algo errado, foi a senhora da Limpeza, e a ùnica que havia falado com o pai. E essa senhora, logo após o ocorrido, foi transferida de posto de trabalho. Os advogados não conseguiram seu depoimento.

    Sempre venho aqui quietinha te acompanhar. Tenho uma cunhada e prima que "sofrem" de depressão com um casal de filhos lindos e saudáveis. Reclamam do estresse que é a vida delas. E nem trabalham mais fora, não deram conta do recado!!
    E eu dou risada. Elas não sabem o que é sofrimento de uma mãe. Falo de relatos diversos que achamos na internet, a força que é, o não esmurecer com as dificuldades, mas não adianta.
    Então, fica aqui a minha admiração e o meu carinho.
    E acredito sim, que quando passamos por um sofrimento, se rompermos a nossa bolha, vamos ver situações muito mais dolorosas que a nossa. E vamos atrás de saídas e soluções, embora não seja necessariamente a que gostaríamos.

    Abraços,
    Andréa

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  6. E mesmo assim, ainda conseguem ter momentos felizes. Odeio pessoas que dizem que são 100% feliz. Pra mim, não existe. Temos momentos felizes na vida, mas não acredito em pessoas que dizem que não tem nenhum sofrimento, que são alegres sempre, nunca se sentem tristes. Corro desse tipo de gente...
    Mas admiro pessoas que com todos os percausos da vida, continuam vivendo da melhor maneira, fazendo com que todos à sua volta se sintam felizes!!

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  7. Nossa Val, que história heim? você realmente é uma guerreira, imagino como deve ser difícil receber a noticia, de que seu bebê tão esperado terá limitações para a vida inteira...
    Entendo um pouquinho da sua luta diária, pois como você sabe, passo por uma situação muito difícil com minha mãe...
    Qualquer dia vou compartilhar com você e seus amigos do blog...

    Um beijo minha amiga, fique com Deus...

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  8. Amiga, li o seu blog e me emocionei muito, pois vivi a mesma historia q vc, tive o meu filho com 21 anos e hoje ele esta com 11.Também com Paralisia cerebral, e vendo o seu relato sei q vc é guerreira e q passou o mesmo q eu. Força ,Deus é maior!

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  9. Amiga, li o seu blog e me emocionei muito, pois vivi a mesma historia q vc, tive o meu filho com 21 anos e hoje ele esta com 11.Também com Paralisia cerebral, e vendo o seu relato sei q vc é guerreira e q passou o mesmo q eu. Força ,Deus é maior!

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  10. Sua história é muito parecida com a da minha filha ao ter a minha neta. Se eu consegui enviar esta mensagem outro dia conto o que aconteceu. Que Jesus te ilumine e der muita forças. Abraço Fátima Maria

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  11. Já havia lido essa postagem e ao ler de novo confesso que fiquei esperando que o fim tivesse sido outro.
    Trabalhei em uti-neo por 12 anos, não foi um nem dois casos exatamente igual ao seu que vi, mas até hoje me surpreendo como isso acontece com frequência.
    Muita força pra vc e saúde pra Camilinha.

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