“É no campo da vida que se esconde um tesouro.

Vale mais que o ouro, mais que a prata que brilha.

É presente de Deus, é o céu já aqui, o amor mora ali e se chama família.”

terça-feira, 7 de agosto de 2012

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Dez dicas para se relacionar com uma pessoa com Paralisia Cerebral

 
Camilinha opera dia 15 de agosto, as 11:30. Hoje meu esposo levou as guias de internamento e materiais para serem liberados.
Se Deus quiser, vamos ficar pouco tempo no hospital.
Ela passou o dia bem manhosa hoje e chorando. Dei Dipirona para ver se acalmava um pouco, pois percebi que era dor.
Mas eu falei pra ela ser forte e aguentar só mais um pouquinho... Logo logo Dr. Luis vai arrumar o que está encomodando ela.

Esqueci de comentar ontem no blog. Estamos de babá nova!!!
A coitada já começou com a correria que foi ontem no hospital.
Até brinquei com ela... ou você vai entrar na onda já de começo ou vai se assustar e sair fora.
Ela disse que não vai nos abandonar.
#TomaraDeus

Bom... Hoje além de dar noticias da pitchula, quis compartilhas 10 dicas bem legais sobre como agir e se comportar perante um portador de Paralisia Cerebral.
Quem concorda, comenta aí!!!

DEZ DICAS AO RELACIONAR COM UMA PESSOA COM PC (PARALISIA CEREBRAL)
1. Não trate a pessoa com PC como se ela fosse doente! Paralisia Cerebral não é doença!    Isso vale até para médicos, acredite!
    Paralisia Cerebral é uma desordem neurológica, um distúrbio do movimento e da postura causado por lesão cerebral ocorrida na gravidez ou nos primeiros meses de vida, normalmente causada por falta de oxigênio (hipoxia).
    Perguntas como “ela é doentinha?” ou “qual é o problema dela”, são antipáticas e demonstram falta de sensibilidade.
    Pense bem, antes de falar.

2. Antes de abordar uma pessoa com PC, procure saber qual é a deficiência.    Isso é importante especialmente no caso da paralisia cerebral, já que ela pode assumir várias formas.
    O que parece, pode não ser. É comum que as pessoas pensem que o tal que está numa cadeira - ou que tem limitações motoras - não entende nada do que está sendo dito e por isso se permitem fazer comentários inadequados, tais como, "Coitadinho!”, “Qual que é problema dele?”, “O que ela tem?”, “Ele nasceu assim?”, “Ela entende alguma coisa?”

3. Não ignore sua presença nem menospreze sua capacidade intelectual!

    Paralisia Cerebral não é doença mental.
     Algumas pessoas apresentam déficit cognitivo (de entendimento) associado ao quadro motor, mas o que define a paralisia cerebral é uma disfunção motora e não intelectual.
 
4. Tente descobrir o melhor meio de se comunicar com uma pessoa com PC    Muitos deles apresentam prejuízos na fala, mas isso não significa que não possam se expressar.
    Ainda que não fale, isso não quer dizer que não entende o que está sendo dito.
    Se estiver interessado, tente se comunicar e observe a expressão da pessoa que tem meios muito eficientes de comunicação: sorrisos, olhares,  acenos, gestos.
     Basta você querer e ter paciência que a conversa vai se dar.

5. Nem todo PC é cadeirante e nem todo cadeirante tem Paralisia Cerebral.    Algumas crianças com PC conseguem andar antes dos sete anos e outros nunca andarão. Depende da extensão da lesão, do tratamento etc.
    Se a pessoa diz que tem PC e não usa cadeira de rodas, não diga: “ah, mas nem parece”, como se a lesão fosse algo a ser estampado no rosto de alguém.
 
6. A Paralisia Cerebral não é contagiosa, portanto não perca a oportunidade de conviver e aprender com a diferença.    Ensine as crianças que estão à sua volta que o simples fato de estar numa cadeira de rodas ou ter expressões diferentes daquelas com as quais se costuma conviver, não faz de um PC um ser com o qual não é possível  brincar, conversar, se relacionar.

7. Não infantilize as pessoas com paralisia cerebral.
   Não se esqueça que na maioria das vezes a PC não acarreta comprometimento cognitivo.
   Todos crescem, amadurecem, envelhecem. A pessoa com PC não se mantém criança indefinidamente. É comum ver pessoas mal informadas sobre a deficiência quase fazendo "bilu-tetéia" com homens e mulheres de 20, 30 ou 40 anos.
8. Não olhe alguém com PC como se fosse um ser exótico.
    Estima-se que surjam de 30 mil a 40 mil novos casos de paralisia cerebral por ano no Brasil.
    Então, eles não são raridade nem bicho de sete cabeças.

9. Não tenha medo de se aproximar de alguém com uma órtese (aparelho ortopédico, bengalinha, etc.).

    Algumas pessoas com PC usam aparelhos para corrigir posturas, evitar deformidades e melhorar funções.
    Esses aparelhos não tornam seus usuários agressivos ou exóticos. Assim como algumas pessoas usam sapatos especiais, outras usam cadeira de rodas, umas usam próteses e outras usam órteses.
     Não mexa em seus aparelhos sem pedir autorização, mesmo das crianças! Se estiver curioso, converse com a pessoa.

10. Sempre vale o bom senso:  nada de piedade, mas condições iguais, companheirismo!
    Normalmente, a pessoa com PC não precisa de tantos cuidados especiais. Aliás, a maioria precisa mesmo é de boas condições de acessibilidade.
     Assim, não fique cheio de dedos em convidá-los para festas. PCs também fazem aniversário, vão ao cinema, viajam, estudam, namoram, compram e fazem tudo o mais que todo mundo faz.
 

4 comentários:

  1. Como sempre seus post são maravilhosos, adorei...

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  2. Valéria, acompanho o blog já tem um tempo, mas é a primeira vez que comento, pois achei um ponto neste post bem pertinente, que é a questão de perguntar o que a criança tem, se nasceu assim... Falo em nome de pessoas como eu, que muitas vezes se veem curiosas, mas sem nenhuma maldade! Fico pensando se ofendi alguém, pois já perguntei nessas palavras "o que ela(e) tem?", pois não achei outras palavras, mas foi mesmo no intuito de saber e até como tratá-lo melhor, pois veja bem, pode ser PC, pode ser ALD... Sabe? hehe
    Sei que existem pessoas maldosas, mal-educadas e coisas do tipo, mas no geral, por favor não "nos" culpe pela curiosidade, hehe...
    Enfim, acredito até que vc saiba diferenciar as situações, e está falando mesmo é pros ignorantes, neste caso pode até desconsiderar tudo que eu disse...
    Um super beijo pra vc e Camilinha, estou aqui na torcida para que ela supere mais essa!

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  3. Oi Babi, tudo bem?
    Nossa, fiquei super feliz por saber que acompanha o blog. Me conte... Como conheceu? Onde nos achou?
    Também fico curiosa em saber quem nos segue e nos lê.
    E pode ficar tranquila que não culpo não aos que se dirigem aos PCs (neste caso minha filha) e perguntam sobre qual é o problema dela.
    Sempre explico numa boa: se é uma pessoa mais humilde, explico de uma forma simple. Se é alguém com mais conhecimento, acrescento os detalhes, mas nunca deixo de explicar como ela ficou assim.
    Fico feliz por poder ajudar através do blog pessoas que vivem a mesma realidade que a minha e também aos que tem a curiosidade em saber como é o dia a dia de um deficiente físico e sua familia.
    Achei muito interessante o seu ponto de vista sobre as diferenças entre Paralisia Cerebral e uma outra doença rara, onde o portador acaba também ficando numa cadeira de rodas ou numa cama por exemplo.
    Um dia, num outro post, vou falar sobre isso.
    Fique a vontade para sempre comentar aqui o que der vontade, ok?
    Adoro escrever, compartilhar a aprender com outras pessoas sobre suas visões e opiniões sobre o assunto.
    Um big beijo.

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  4. Oi Valéria!
    Obrigada por responder :)
    Eu achei o blog há algum tempo, enquanto procurava saber mais sobre paralisia. Na época, eu e alguns amigos da empresa onde trabalhava, fazíamos trabalho voluntário na Casa da Criança Paralítica aqui de Campinas; Vestíamos fantasias, levávamos doces e doações de leite, bexigas, fantoches, e passávamos a tarde interagindo com eles, arrumei até um "namorado", haha. Como geralmente era só um dia, algumas vezes por ano (Dia da Criança, Páscoa, etc), ficavamos só na brincadeira mesmo, sem acompanhar os trabalhos e cuidados da casa, e bom, curiosa que sou, quis saber mais sobre essa condição, que cuidados devemos ter, hehe... Daí encontrei o blog, adoreiii a fofa da Camilinha, e gosto de me inspirar em vc. Acho que não tenho/teria metade da sua força e dedicação...
    Enfim, passei a acompanhar tanto o seu quanto os outros blogs que aparecem aqui (Do gabriel, da Vitória de Cristo, etc), sempre me inspirando e torcendo pela criançada, além do mais, aprendo muitas coisas e dicas que algum dia podem ser úteis pra mim ou pra alguém próximo, né?
    Super beijo pra vcs!

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