“É no campo da vida que se esconde um tesouro.

Vale mais que o ouro, mais que a prata que brilha.

É presente de Deus, é o céu já aqui, o amor mora ali e se chama família.”

segunda-feira, 25 de julho de 2011

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O problema da aceitação

Hoje foi dia de fisioterapia e fono. A Camila não brigou muito com o fisiterapeuta porque ele está pegando de leve com ela, respeitando a perninha fraturada. Tem trabalhado muito a questão respiratória. Ela tem feito muita secreção e ele recomendou inalação três vezes ao dia, apenas com soro.
Ela até que gosta da inalação, do barulhinho eu acho.
Ando me sentindo cansada, acho que tenho dormido pouco, mas ao escrever aqui todas as noites, me sinto renovada. É no blog que muitas vezes consigo colocar pra fora a angústia que sinto as vezes, pois sei que aqui posso dividir o que sinto e trocar experiências.
Mas as poucas noites que durmo, sei que um dia serão recompensadas.Na vedade ja tem sido. As pessoas não tem nção d quant um simples elogi nos anima. Hoje recebi dois: um da minha sogra, que disse que me ama muito e que nunca o filho dela esteve tão bemcuidado (ganhei o dia) e outroda Estela, manicure do Boticario. Ela disse que não fica umdia sem ler o blog e que aprende muito comigo. Ela,graçasa Deus tem um filho saudável e mesmo assim segue o blog.

Obrigada bom Deus pelas pessoas maravilhosas que coloca em meu caminho.
Quero sempre que minha vida seja um exemplo para meu próximo.


O Problema da aceitação

Ninguém quer ter um filho deficiênte. Todos queremos filhos aptos, simpáticos, inteligentes, que se saiam bem na sociedade competitiva em que vivemos, e "seja um crédito  para nós". Temos mesmo competições de bebês para encontrar omais bonito. Não é para se estranhar, pois que os pais se preocupem no final da gravidez que tipo de bebê está para chegar, e se tornem profundamente angustiados se nasce uma criança lesada ou imperfeita.
A agonia dos pais pode ser, e geralmente é, grave. Lembro-me de uma moça que conheci quando a Camila tinha 3 meses. A filha dela tinha 4 anos nessa época, e ela um dia compartilou comigo que quando a garotinha era um bebê, o marido disse que a vontade dele era dar um tiro na criança e depois nele mesmo para acabar com toda essa agonia. Graças a Deus que foi só num momento de desespero que o cidadão disse isso, mas imaginem como ficou minha cabeça, eu que estava noinício dessa batalha. Me assustei com o que ouvi...

No princípio a sensação de culpa, vergonha, desespero e auto-piedade pode ser opressiva, de modo que só é sentida a agonia de uma saída ardentemente desejada. Se a aflição de encontrar-se naquela situaçõ é intoleável, pode haver uma total rejeição da criança ou a negação que haja alguma coisa errada com ela ou ainda a convicção de que ela pertence a outra pessoa.

Perguntas torturantes inundam nossa mente: "O que fiz de errado"?
"Porque aconteceu isso comigo?"
"O que está erado comigo?"
As respostas não são menos angustiantes: "Talvez eu não possa produzir uma criança normal". 
"Eu lezei sua cabeça porque minha bacia é pequena - eles diceram que era. Desejava nunca ter casado. Como odeio as outras mães que têm filhos normais."
E dai surgem mais perguntas como: "Oh, por que estou tendo estes pensamenos horriveis - que tipo de gente eu sou? Ele nescessita de uma mãe para amá-lo, e  eu ainda estou pensando em abandoná-lo".
A confusão inicial cede lugar a tristeza, uma sensação de desolação e isolamento e uma saudade pelo que perdeu, o bebê normal. Enquanto este doloroso processo continua, como lento ajustamento a perda do bebê que esperava, o bebê real - o lesado - esta deitado no seu berço, nescessitando de cuidados.
O modo pelo qual os pais se ajustam a esta aparentemente desastrosa situação é crucial para o futuro bem estar não só para a criança lesada, mas para toda familia. Não é de surpreender que muitos pais sejam ambivalentes acerca da criança; isto é, algumas vezes sentem que o amam como se fosse normal, e em outras vezes sentem-se angustiados, ansiosos e mesmo o regeitam. Isto é porque eles amam e querem o filho, mas não querem, e rejeitam, o lesado. Eles podem tentar resolver este problema percorrendo tudo quanto é médico ou hospital que ofereça uma cura miraculosa. Os pais que sofrem grave culpa podem tentar aliviam sua angústia, e corrigir os erros feitos a inocente criança, por um ou por outro modo: Podem ou punir-se dedicando toda a sua vida a uma incansável escravidão no cuidado da criança, ou podem projetar a culpa sobre os médicos, assistentes sociais e professores e irritadamente acusar-los de negligência ou erros. Algumas vezes os dois.
A razão de que o ajustamento satisfatório deve ser rapidamente alcançado é que de outro modo a criança se tornará mais deficiente ainda e a felicidade e a vida social da família parcial ou totalmente distruida.
Sem uma habilidosa ajuda a maioria dos pais tendem a fazer um ajustamento que reduz sua aflição, mas à custa de distorcer o seu relacionamento com a criança deficiente com o resto da familia. Teoricamente essas relações pemaneceriam emocionalmene e socialmente normais, porém mais habilidade ainda é necessário para ajudar a criança superar tanto quanto possivel, sua deficiência.
Isto significa que a criança nescessita ser amada e aceita como o seria uma criança normal - aceita como ela é, com suas incapacidades, quaisquer que elas sejam. A aceitação de um modo normal, de modo que seja estabelecido um relacionamento apreciavel entre a criança e sua familia, permitirá que a personalidade da criança cresça no ambiente mais favoravel. No fim de contas, é a disposição de encarar o mundo com auto-confiança, de ser amigavel, prestativo e útil, de modo a ser totalmente aceitavel, que tem importancia, mesmo não sendo fisicamnete perfeito ou muito inteligente. Se uma ciança é normal ou deficiente ao nascimento, ela alcançará facilmente a felicidade e uma satisfatória função social de adulto, se crescer numa familia feliz, satisfeita e unida.
(Manuseio em casa da com Paralisia Cerebral)

3 comentários:

  1. Olá Valéria... Tudo bem com você e a Camilinha???
    Achei o seu Blog quando estava navegando no Google.
    Gostaria de conhecer o seu trabalho (lindos os cachecóis)... Como faço?
    Que Deus abençoe você e toda a sua família...
    Aguardo o seu retorno no meu Blog http://olhosdopovo.blogspot.com/

    Beijinhos

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  2. Oi Valéria:

    Sempre que posso entro no blog da Camila.

    Nunca me esqueço quando nos conhecemos no Boticário... A tua história nunca saiu da minha cabeça.

    Hoje eu tenho duas filhas, na época eu tinha apenas uma, ambas perfeitas, mas ao eu ler o teu blog e percebo que os mesmos medos que vc tem, eu também tenho, um pouco diferente mas a raiz é a mesma: que algo de ruim aconteça com nossos filhos ou quem vai cuidar deles se chegarmos à faltar...

    Deus... Deus é quem vai cuidar de nossos filhos... Ele vai colocar pessoas especiais na nossa vida e vai colorir o céu no meio da tempestade.

    Vc têm sido uma referência para mim.

    Obrigada!

    Ale Ernst - Clickcenter

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  3. As vezes a gente fala coisas sem saber o quanto esta fazendo o bem, coisas simples, por isso sempre gosto de falar palavras amigas para as pessoas, minhas vida nao foi facil mas hj graças a Deus estou bem e quero sempre ajudar quando for possivel, conte sempre comigo, bjs estela.

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